Muita gente não sabe, mas com 17 anos ganhei uma bolsa para estudar numa high school canadense chamada NCC. Na época, um garoto sonhador do interior de São Paulo cheio de planos, realizava seu sonho entrando sozinho num avião que o levaria a mais de 5 mil quilômetros de distância da sua família.

Eu estava muito animado: poder estudar inglês junto com a elite mundial, filhos de banqueiros, magnatas e empresários bem-sucedidos eram a norma nessa instituição renomada de ensino canadense. Foi nesse ambiente que aprendi esse conceito do “What else? ” A oportunidade por si só já era incrível, poderia curtir o momento, viajar bastante, voltar pro Brasil e seguir minha vida. Mas eu entendi que essa oportunidade poderia servir de alavancagem para outras oportunidades. Resolvi ativamente aproveitar a chance conquistada. Comecei, junto com alguns canadenses um grupo de assistência social que conectava os estudantes internacionais com a comunidade canadense. Esse grupo em um momento chegou a ter reuniões de mais de 200 pessoas, em uma escola de 400 alunos. Foi uma experiência incrível, muito além das aulas que tínhamos durante a semana.

Através desse trabalho extra ganhei um prêmio chamado Duodecimus Award que premia o estudante com maior impacto na escola naquele ano. E esse prêmio me ajudou no meu próximo passo: uma bolsa de estudos para uma faculdade nos Estados Unidos.

O que quero deixar como reflexão é que onde quer que estivermos, sempre haverá oportunidades extras a serem consideradas. No seu trabalho, não simplesmente faça aquilo que te pedirem, se pergunte: “What else? / O que mais? ” Nos seus estudos, você pode ser o melhor dos alunos, mas será que não existe alguma oportunidade além da sala de aula?

Meu desejo pra você é que na sua vida, você sempre esteja se perguntando: O que mais dá pra fazer? O que mais posso ganhar? O que mais posso contribuir? What else?