Formação superior é um dos caminhos para resolver o problema.
A tecnologia está cada vez mais presente em nossas vidas e a maioria de nós já nem consegue mais viver sem ela, fato que também já é realidade dentro das empresas.
Em recente pesquisa realizada pela Brasscom – Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, estima-se que será preciso contratar 70 mil profissionais por ano até 2024 no setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ainda de acordo com a Brasscom, em 2017 por exemplo, apenas 46 mil profissionais foram formados em cursos superiores na área (bacharelado e tecnologia).
Tal realidade também se mostra presente na região Prudente. Prova disso, é o “Mural de Vagas de Tecnologia” da Fundação Inova, onde 44 vagas de trabalho estão ativas na região de Prudente para diversas funções, como programador, analista de sistemas e analista de e-mail marketing.
Segundo o diretor da Fundação Inova, Diego Andreasi, que vem visitando empresas da região para levantar essas necessidades, a área de tecnologia continuará seguindo atrativa nos próximos anos. “Não faltarão oportunidades de trabalho para quem escolher seguir carreira nessa área”.
Para tentar suprir essa demanda, instituições de Prudente seguem oferecendo cursos na área de tecnologia. Ciência da Computação, Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Jogos Digitais são algumas das opções presenciais mais demandadas.
Para o coordenador do curso de Sistemas de Informação da Unoeste, Haroldo Alessi, a área de tecnologia sempre esteve aquecida, mas agora devido a algumas restrições em virtude da pandemia, o setor “estourou”. Alessi acrescenta ainda que essa “corrida” em busca de profissionais capacitados na área de tecnologia é muito boa para o setor, porque traz vantagens para o profissional como melhores salários e benefícios, mas também flexibilidade e revisão na cultura corporativa.
Já para a coordenadora do curso de Sistemas de Informação da Toledo Prudente Centro Universitário, Cintia Evangelista, a grande procura por profissionais de tecnologia tem aquecido o setor. As demandas que antes estavam apenas em grandes centros, hoje estão latentes em todas as cidades. Na maioria das vezes, os alunos conseguem seu primeiro emprego ainda durante a graduação.
“Outros fatores para esse mercado, são a remuneração e as condições de trabalho para estes profissionais. Essa experiência de home office, que a pandemia nos trouxe, certamente, será uma realidade para profissionais de tecnologia”, acrescenta Cintia.
Quem compartilha da mesma opinião é a coordenadora do curso superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Fatec de Presidente Prudente, Elaine Parra Affonso. Para ela, esse crescimento no setor de TI vem ganhando muita relevância já há alguns anos, mas agora a demanda por esse profissional aumentou muito. “O mercado está buscando cada vez mais a inovação. E essa transformação digital reforça cada vez mais a presença de um profissional de TI.” Ela ainda comenta que “muitas empresas dão preferência para quem tem formação em ensino superior. Além disso, o home office ajudou a quebrar a barreira geográfica”.
O coordenador do curso de Ciências da Computação da Unesp de Prudente, Milton Hirokazu Shimabukuro, disse que a demanda por profissionais de TI está maior nesse período de pandemia, e acredita que esse cenário vai continuar depois. “A oferta de oportunidades para os alunos está sendo grande. Entre estágio e trabalho, os estudantes estão tendo a chance de escolher a melhor colocação, principalmente quando não precisa do deslocamento físico.”
"A Fundação Inova Prudente é mantida pela Prefeitura de Presidente Prudente e tem como finalidade fomentar a Ciência, a Inovação e a Tecnologia dentro do munícipio."
Fonte: Fundação Inova Prudente